A liberdade é mesmo azul

Aqui não tem mar, mas tenho um mar dentro de mim. E não escrevo mais em versos, só prosa. "Verso ninguém publica". Mas não por isso: o verso não é como o mar, e sim um rio. O mar é quase como voar, mas vem antes. Primeiro a água molha, depois o vento seca. E a água do mar cura. O que me cura, pois, é também isso: mergulhar no mar que há dentro de mim. Depois disso é que se pode voar. E de todo modo eu gosto, porque fico azul.

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