Cabelo certo, cabelo errado

A história de outro dia me lembrou de outras que também aconteceram em ~salões de beleza~.

Uma época eu resolvi deixar o cabelo crescer. Logo eu desisti e, coisa de uma semana depois do meu casamento, apareci na cabelereira de costume pra cortar. Ela estranhou e, genuinamente preocupada, perguntou se eu tinha conversado com o meu marido a respeito. Disse que os homens se sentem traídos quando casam com a mulher de um jeito e ela sem mais nem menos muda o visual. Nem era uma mudança tão radical assim, mas aparentemente até pra inovar na depilação tem que verificar com o homem se pode - e eu nem sabia que dava pra inovar nesse quesito. Eu expliquei que o meu marido não era assim etc. e ela fez o que eu pedi, é claro, mas não ficou convencida de que ia dar tudo certo. Um ano depois, quando, de férias no Brasil, eu apareci lá, ela pareceu contente de ver que, apesar da minha rebeldia, eu continuava casada.

Uma outra cabelereira sempre ficava chocada com o fato de eu não querer alisar o cabelo. Na última vez que estive lá ela ofereceu pra passar chapinha e eu falei que não precisava, que era só pra secar. Assim que terminou ela perguntou:
– Tá ninho de rato do jeito que você gosta?

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